Do Terra
PF investigará morte de réu em processo que apura fraudes no RN
A Polícia Federal no Rio Grande do Norte vai investigar o assassinato do advogado Anderson Miguel da Silva, um dos principais réus de uma operação que identificou um esquema de fraudes em licitações com a participação do filho da ex-governadora Wilma de Faria. O crime ocorreu na tarde de quarta-feira e era apurado pela Polícia Civil, mas o Ministério Público Federal (MPF) solicitou a instauração de inquérito pela PF.
Segundo os procuradores, deve ser investigada a possibilidade de o assassinato ser motivado pelas declarações do advogado no processo da Operação Higia. Para a Polícia Civil, trata-se de execução. Anderson Miguel estava no seu escritório de advocacia quando entrou um homem se passando por cliente. Ele foi alvejado com cinco tiros.
Operação Higia
Anderson Miguel da Silva foi denunciado pelo MPF em abril de 2009, junto com outras 14 pessoas, acusado de cometer os crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, tráfico de influência e contra a lei de licitações. De acordo com a denúncia, a organização criminosa era responsável pela contratação e prorrogação fraudulenta de contratos firmados por determinadas empresas para a prestação de serviços terceirizados de mão de obra a órgãos públicos do Rio Grande do Norte.
Os crimes teriam ocorrido entre os anos de 2005 e 2008, período em que Wilma de Faria era governadora. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, o esquema fraudou os cofres públicos em mais de R$ 5 milhões.
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