O Ministério da Educação pagou R$ 13,6 milhões para ensinar que 10 – 7 = 4 a alunos de escolas públicas da zona rural do País. No segundo semestre do ano passado foram distribuídas com erros graves 200 mil unidades da coleção Escola Ativa, destinada às classes que reúnem alunos de várias séries diferentes.
Ao todo, foram impressos 7 milhões de livros – cada coleção Escola Ativa contém 35 volumes. Os erros foram detectados no início do ano, e um grupo de especialistas contratados pelo ministério julgou que eles eram tão graves, tão grosseiros e tão numerosos que não bastava divulgar uma errata à coleção.
Os livros com erros foram distribuídos a 39.732 classes multisseriadas da zona rural, presentes em 3.109 municípios de todos os Estados do País. Segundo publicação do MEC, essas classes atendem 1,3 milhão de alunos.
Provocado pelo Grupo Estado, o ministro da Educação, Fernando Haddad, pediu à Controladoria-Geral da República (CGU) a abertura de sindicância para apurar o tamanho do prejuízo e os responsáveis por ele. Ao mesmo tempo, mandou uma carta aos coordenadores de escolas da zona rural recomendando que os livros da coleção Escola Ativa não sejam usados em sala de aula. A coleção foi retirada do ar na internet. (Agência Estado/A Tarde)
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