Chico criança, Chico cabeludo, Chico de bigode. Em Lisboa, em Buenos Aires, em Roma. Com Tom, com Caetano, com Milton, com Vinicius. Em família, entre amigos, em manuscritos e, como se espera, em canções, todas as que gravou. Enquanto aguardam o novo disco de Chico Buarque –cuja pré-venda começa na segunda-feira–, seus fãs ganham amplo acesso ao passado do cantor e compositor com o lançamento de seu acervo digital no site do Instituto Antonio Carlos Jobim (www.jobim.org).
A obra digitalizada do artista será lançada oficialmente na rede nesta sexta-feira, e seus números dão uma dimensão do volume acessível: são 1.044 imagens, 7.916 letras e partituras e 26.152 textos, entre cadernos, documentos pessoais, reportagens de imprensa, roteiros para cinema e teatro, correspondências.
O filé, no entanto, são as gravações de áudio e vídeo, que somam cerca de 600 arquivos e incluem toda a discografia de Chico, com cada uma de suas canções –algo que nem mesmo o site oficial do artista disponibiliza. Paulo Jobim, presidente do instituto que leva o nome de seu pai, diz que o cantor foi consultado sobre a digitalização de seu acervo, que custou R$ 200 mil e foi bancada pela Vale com uso da Lei Rouanet. O acervo de Chico é o terceiro que o instituto coloca na internet, depois dos de Tom Jobim e Dorival Caymmi.
O mesmo projeto está em andamento com a obra de Gilberto Gil e começará em breve com a de Milton Nascimento. Além do lançamento do acervo on-line, acontece hoje a abertura de uma exposição com parte do material no Espaço Tom Jobim (r. Jardim Botânico, 1.008, Rio). A mostra, gratuita, fica em cartaz por três meses, de terça a domingo, das 10h às 18h.
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