Na idade em que a maioria dos mortais aproveita a aposentadoria, Fernando Henrique Cardoso volta à cena política. Os 80 anos do ex-presidente, completados neste sábado, sacramentam o retorno dele ao posto de conselheiro do PSDB. O líder ressurge em meio a uma oposição carente de discurso e de novos nomes. Não sairá candidato nem apartará brigas internas, mas será personagem fundamental nas eleições presidenciais de 2014 – se o PSDB permitir. E, ao que tudo indica, o partido está pronto para se reconciliar com FHC.
Líderes tucanos preparam uma grande festa partidária para comemorar o aniversário, no dia 30 de junho, em Brasília. Fernando Henrique disse que preferia apenas uma comemoração, o jantar oferecido por um grupo de amigos na semana passada em São Paulo. Mas a cúpula tucana insistiu. E FHC cedeu. O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, decretou em entrevista ao site de VEJA em maio: “Posso garantir que Fernando Henrique será muito mais ouvido. O PSDB precisa dar a ele o papel de propor, inspirar e sustentar o nosso discurso.”
A homenagem em Brasília traz nas entrelinhas um pedido de desculpas da direção do partido pelos oito anos de esquecimento. Foram três derrotas seguidas em eleições presidenciais, sempre com os candidatos Geraldo Alckmin e José Serra renegando a memória de FHC. Em vez de defender as privatizações feitas pelo ex-presidente, Alckmin prestou-se a vestir jaqueta e boné com o logotipo de estatais para dizer que não as privatizaria em 2006. Já Serra citou mais o nome de Luiz Inácio Lula da Silva do que o de Fernando Henrique na campanha de 2010. (Veja)
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