Quinze anos após polêmicas, investigações questionadas e recursos judiciais, a 8ª Vara Criminal de Maceió vai decidir até setembro o futuro dos quatro ex-seguranças da casa de praia onde morreram Paulo César Farias e sua namorada, Suzana Marcolino, no dia 23 de junho de 1996. Acusados de praticarem duplo assassinato, o quarteto será levado a júri popular por decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF).
Depois de várias tentativas da defesa em evitar o julgamento dos acusados, o ministro Joaquim Barbosa negou, no último dia 26 de abril, o último recurso possível para evitar que os quatro policiais militares fossem a júri popular. No dia 1° de junho, o acompanhamento processual no STF apontou o caso como “transitado em julgado”, ou seja, não cabe mais recurso –colocando um ponto final nos quase nove anos de tentativas em vão de reverter a decisão da primeira instância.
Apesar da certeza do julgamento, as mortes de Paulo César e Suzana ainda são cercadas de mistério. Embora os ex-seguranças sejam os únicos a sentar no banco dos réus, uma dúvida persiste: quem mandou assassiná-los? Para a Justiça, a pergunta ficará sem resposta, já que o processo não traz qualquer alegação sobre autoria intelectual.
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