As condições de financiamento tiveram nova piora por conta das medidas anunciadas pelo governo desde novembro para segurar o consumo e a inflação.

Pesquisa mensal do Banco Central mostra que os juros bancários subiram pelo 6º mês consecutivo em maio.

Nesse período, a taxa média para empresas e consumidores passou de 34,8% para 40% ao ano, maior desde fevereiro de 2009, quando estava em 41,3% ao ano. A inadimplência subiu pelo segundo mês, para 5,1%.

O custo do crédito ao consumidor ficou estável em relação a abril, em 46,8% ao ano. Para as empresas, subiu para 31,1% ao ano.

Entre as linhas detalhadas pelo BC, o destaque foi a alta do cheque especial, que subiu 25 pontos percentuais em 12 meses, para 185,4% ao ano, maior desde abril de 1999.

Nos últimos 12 meses, o crédito cresceu 20,4%. No mês passado, a expansão foi de 1,6%. O estoque de financiamentos chegou a R$ 1,8 trilhão (46,9% do PIB).

Em relação aos novos empréstimos, houve queda de 5,3% na comparação entre abril e maio pela média diária.

Segundo o BC, o crédito bancário manteve a trajetória observada desde o início do ano, registrando em maio “desempenho equilibrado”, nos empréstimos com e sem subsídio e nos segmentos pessoa física e jurídica. Também houve equilíbrio entre bancos públicos e privados.

 

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