A banalização da cirurgia plástica

A banalização da cirurgia plástica que em alguns países como a Inglaterra e os Estados Unidos são vendidas até em pacotes tem preocupado alguns profissionais médicos que interpretam os riscos decorrentes dessas promoções, que são feitas até em “reality shows”. “O governo inglês proibiu a venda desses pacotes, mas a discussão ainda está sendo travada no âmbito da justiça daquele país”, informou o cirurgião plástico Leonardo Spencer.

O médico também confirmou que em Natal existem consórcios para a realização de cirurgias estéticas. “Isso é perigoso porque coloca o procedimento médico como prêmio e a cirurgia é uma prática de meio e não de fim. Não podemos garantir o resultado de uma cirurgia estética porque isso depende de vários fatores, inclusive do paciente, de sua alimentação e cuidados”, reforçou Leonardo Spencer.

Entretanto, segundo informações do médico, as autoridades ainda discutem – sem solução -, se a cirurgia plástica é fim ou meio. “A banalização da cirurgia plástica facilita a entrada de aproveitadores no mercado sem o devido preparo”, alertou Spencer. “É preciso entender, também, que existem vários tipos de cirurgia plástica. O rol é amplo e nele está incluso a cirurgia estética. É preciso considerar que a especialidade exige o maior tempo de formação e que o cirurgião não pode ser visto apenas como um especialista de estética” ressaltou o médico.

Pós- parto

Muitas mulheres após terem dado a luz também procuram especialista para voltar a ter o mesmo corpo que exibiam antes da gestação. Esse tipo de pacote é vendido nos Estados Unidos e na Inglaterra com nomes como “mommy makeover” ou “mommy job”. As cirurgias para apagar as marcas deixadas pela gravidez já está difundido nos consultórios brasileiros.

Alguns médicos aceitam fazer plástica logo após a cesárea, mas não é recomendado. Existem pessoas que, ainda amamentando, querem fazer lipoaspiração. No ano passado, a Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos fez mais de 325 mil cirurgias plásticas em mães com idades entre 20 e 39 anos. No Brasil, não há dados compilados, mas os médicos afirmam que a procura só aumenta.

Fonte: Leonardo Sodré

 

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