A República do Sul do Sudão, o mais novo país do mundo, já foi reconhecida pelas principais potências mundiais. Estados Unidos, França, Reino Unido e China, quatro dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, já reconheceram o novo Estado. Também a União Europeia no seu conjunto e a Alemanha em particular o fizeram.

Sul do Sudão já foi reconhecido pelas principais potências

O Sul do Sudão içou este sábado a sua bandeira pela primeira vez, acontecimento presenciado por milhares de sudaneses do Sul e dezenas de personalidades mundiais, entre os quais o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o embaixador António Monteiro, que representa Portugal.

O presidente dos Estados Unidos disse que este dia revela que “após a escuridão da guerra a luz de um novo amanhecer é possível”. O mapa do mundo “foi redesenhado” sobre “o sangue que foi derramado” e “as lágrimas que foram vertidas”, em respeito pelos “boletins de voto” e pelas “esperanças de muitos milhões de pessoas”, realçou Barack Obama.

A independência “não é um presente”, realçou, por seu lado, Susan Rice, embaixadora dos EUA junto da ONU e representante de Washington na cerimónia de independência, apelando aos cidadãos do Sul do Sudão que construam um “país digno do sacrifício de todas as vidas perdidas” em cinco décadas de conflito.

Também o presidente francês, Nicolas Sarkozy, apelou aos dois países que agora transportam o nome de Sudão para encararem “esta nova etapa das suas relações no espírito do diálogo e da cooperação”.

Entre os presentes, aquele que mais burburinho causou foi o presidente do Sudão, Omar al-Bashir, sobre quem pende um mandado de captura internacional por genocídio e crimes contra a Humanidade cometidos na região sudanesa do Darfur. Na cerimónia, Al-Bashir disse que apostará em “preservar os interesses comuns” do Norte e do Sul do Sudão.

 

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