Embora o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) seja controlado pelo PR, os aumentos nos valores de contratos de obras rodoviárias em andamento dependem da autorização do único petista na diretoria do órgão, informa reportagem de Breno Costa, publicada na Folha desta quarta-feira.
A tarefa cabe ao diretor de Infraestrutura Rodoviária, Hideraldo Caron, filiado ao PT do Rio Grande do Sul e dirigente do Dnit desde 2003.
Caron foi citado em relatório da Operação Castelo de Areia da Polícia Federal como suposto beneficiário de propina paga por empreiteira. Ele nega a acusação. O caso está parado por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que invalidou parte das provas obtidas pela Polícia Federal.
O Dnit, ligado ao Ministério dos Transportes, é alvo de suspeitas após reportagem da revista “Veja” no último dia 2 informar que representantes do PR e funcionários da pasta e de órgãos vinculados ao ministério montaram um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por empreiteiras.
Entre os citados está o diretor afastado do Dnit, Luiz Antonio Pagot, que afirmou à Folha na semana passada que Caron é responsável por 90% das obras do órgão. “O Dnit é um colegiado. O Hideraldo manda tanto quanto o Pagot”, disse, em referência ao petista e listando, em seguida, todo o colegiado do órgão.
Pagot e outros três nomes da cúpula do Ministério dos Transportes tiveram o afastamento determinado pela presidente Dilma Rousseff após as suspeitas.
Em seu depoimento a senadores, nesta terça-feira (12), Pagot chegou a citar Caron e afirmou que o diretor de Infraestrutura Rodoviária também tinha participação nas decisões do órgão.
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