As lesões cerebrais traumáticas aumentariam o risco de demência, segundo dois estudos americanos apresentados nesta segunda-feira, em Paris, durante a Conferência Internacional da Associação Alzheimer.A relação entre um traumatismo craniano e o risco de esquecimento ainda é obscura, com algumas pesquisas sugerindo que a possibilidade aumenta e outras, não estabelecendo relação.
A equipe da Professora Kristine Yaffe (Universidade da Califórnia, São Francisco) analisou as fichas médicas de 281.540 veteranos americanos, com 55 anos ou mais. Ela demonstrou que o risco de desenvolver demência durante o tempo do estudo (7 anos) mais que dobrou entre os veteranos que tiveram uma lesão cerebral (15,3% contra 6,8%, em relação aos demais).
“Esses dados leva-nos a pensar que o traumatismo crânio-encefálico (TCE) entre os veteranos mais velhos poderia predispô-los ao desenvolvimento de uma demência sintomática. Suscitam preocupações quanto a possíveis consequências a longo prazo entre os veteranos mais jovens”, declarou o Professor Yaffe, citado no comunicado da AAIC.
Para os cientistas, a questão é importante, uma vez que o TCE é comum, em seguida a quedas ou acidentes de trânsito.
Um outro estudo foi realizado pelo Professor Christopher Randolph (Loyola University Medical Center, Chicago) entre ex-jogadores de futebol americano. No total, 513 membros aposentados da National Football League Players′ Association responderam em 2008 a uma enquete visando, particularmente, aos problemas de memória.
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