Autoridades europeias e executivos de bancos comerciais seguem longe de um consenso sobre um segundo pacote de resgate à Grécia e sobre medidas para evitar o contágio da crise de dívida. Em meio à indecisão dos líderes da União Europeia, o mercado do continente teve um dia tenso – provocado, também, pelo temor de que os testes de saúde dos bancos europeus, divulgados na última sexta-feira, não reflitam a real situação das instituições.

O principal índice de ações europeias, o FTSEurofirst 300, caiu para o menor nível em quatro meses nesta segunda-feira, puxado pelas ações de bancos e em meio ao temor de que a reunião desta semana na zona do euro não alcance um acordo para um segundo pacote de ajuda a Atenas. O indicador recuou 1,59%, para 1.069 pontos. O veredicto geral dos analistas foi de que os testes de stress em bancos europeus não tiveram credibilidade. Muitos viram as hipóteses como muito bondosas e criticaram os testes por não incluírem o cenário de um default (moratória) da Grécia, que está se tornando cada vez mais provável.

A porta-voz do governo francês Valerie Pecresse disse nesta segunda-feira acreditar num acordo no encontro de líderes das 17 nações da zona do euro, marcado para quinta-feira em Bruxelas. O pacto preveria novos financiamentos, além dos 110 bilhões de euros (154 bilhões de dólares) liberados ao país em maio de 2010. Contudo, após três semanas de conversas preliminares, não está claro se pode haver consenso sobre como os credores privados — bancos, seguradoras e outros investidores — que detêm papéis do governo grego vão contribuir com o socorro financeiro, aceitando perdas de valor de títulos de sua carteira.

 

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