O governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, reuniu-se ontem com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), no Recife, para tratar das possíveis alianças entre os dois partidos nas eleições municipais de 2012.
O ex-deputado federal André de Paula, que deixou o DEM para coordenar o PSD no Estado, também participou da conversa.
PSD e PSB devem se revezar na cabeça de chapa em várias cidades pernambucanas, mas o acerto não se estenderá a Recife, onde o compromisso de Campos é apoiar a reeleição de João da Costa (PT), restando ao PSD a possibilidade de compor a chapa.
Na capital paulista, Kassab articula a candidatura à sua sucessão de Eduardo Jorge (PV), secretário de Meio Ambiente. Espera trazer o PSB consigo, já que a sigla ficou desprovida de nomes de peso para a disputa, depois das saídas do deputado Gabriel Chalita e do candidato derrotado ao governo paulista, Paulo Skaf, que foram para o PMDB.
A sigla arquitetada por Kassab corre contra o tempo para se viabilizar para as próximas eleições. Após a aprovação, no Senado, de projeto de lei que pune o parlamentar que trocar a sigla pela qual se elegeu por um partido recém-criado –o PSD precisa estar de pé antes que o projeto passe pela Câmara dos Deputados–, Kassab ainda enfrenta toda sorte de acusações de fraude nas listas de apoio para a criação do PSD.
Na mais recente, um perito atestou à Folha que várias das assinaturas coletadas foram feitas pela mesma pessoa. “Nesse processo tem brincadeiras, sabotagens e o partido não tem condições de checar tudo. Esse é o papel da Justiça Eleitoral”, disse o prefeito.
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