Por iniciativa do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), começa a ganhar força no Senado a ideia de criar um grupo de apoio à iniciativa da presidente Dilma Rousseff de exonerar servidores suspeitos de envolvimento em esquemas de corrupção no governo. Pela conversa que teve com senadores da base aliada e da oposição, Cristovam diz que a iniciativa se justifica como uma reação a parlamentares do PR que ameaçam retaliar Dilma saindo da base de apoio do governo.
– Quero mostrar que, com as faxinas, a presidente Dilma pode ter mais apoio do que não fazendo nada. […] A maior desmoralização que pode ocorrer no Congresso é alguém mudar de lado por oposição a medidas moralizadoras.
O grupo não foi ainda batizado. Se depender dos seus objetivos, Cristovam afirma que o nome mais adequado é mesmo o de Grupo de Apoio à Faxina.
– Precisamos barrar a ideia de que a presidente está balançando por causa das medidas corretas que adotou.
Cristovam diz que seus colegas, inclusive os da oposição, se mostram dispostos a encampar a ideia.
– O certo é que todos concordam com a ideia de dizer à presidente Dilma para ir em frente, como fez há pouco, da tribuna, o senador Pedro Simon. […] De certa forma, foi Simon quem inspirou a ideia.
Além de Simon, apoiam a criação do grupo, entre outros, os senadores Eduardo Braga (AM), Vital do Rego (PB) e Ricardo Ferraço (ES), do PMDB, e o líder do PDT, Acir Gurgacz (RO). Cristovam disse que não procurou parlamentares do PT, por entender que “seria redundante ouvir os colegas do partido da presidente”.
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