Doar dinheiro para a caridade está se tornando mais comum entre os brasileiros. Atualmente, quase 30% da população do país colabora com a parcela mais pobre, segundo um estudo realizado pela empresa de pesquisa GfK, divulgado nessa terça-feira. O levantamento foi realizado com quase 14 mil pessoas de 14 países (Alemanha, Bélgica, Brasil, Espanha, EUA, França, Holanda, Hungria, Itália, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca e Romênia).
A pesquisa revelou que a média nacional de pessoas que fazem doações ficou em 29%, bem abaixo da dos demais países, de 38%. De acordo com os dados, dois terços da população da Holanda e metade das pessoas do Reino Unido e da Suécia contribuem com dinheiro para caridade todo ano. Já os alemães são os que menos destinam dinheiro para este fim, somente 20%. Já os americanos se destacam com 41% da população que afirmam ter o hábito de doar dinheiro. Entre as pessoas que contribuem com a fatia carente no Brasil, 73% pretende doar no ano o equivalente a R$ 456, bem acima da média mundial de 52%. Na Europa, cerca de 70% afirma que vai gastar esse valor.
Além de serem generosos nas doações, o levantamento revela que 17% dos brasileiros, assim como os franceses, tem o hábito de doar roupas e cestas de alimentos, também acima da média global de 9%. Para onde vai o dinheiro? As instituições de caridade para crianças são as que mais recebem ajuda dos brasileiros. Segundo os dados, 56% dos brasileiros direcionam as doações para esse grupo, enquanto somente 39% dos europeus beneficiam essas instituições. Já as organizações religiosas ocupam a segunda posição na contribuição, com 24%.
Na Europa, além das crianças, a população colabora com as entidades que realizam programas humanitários e de combate à pobreza. Por que você doa? O estudo também revela quais são os principais motivos que levam as pessoas a contribuírem. No Brasil, 74% afirmam que a contribuição faz parte da religião e da filosofia de ajudar pessoas necessitadas. Já na Europa, o índice é de 50%, sendo que Portugal e Espanha se destacam, com 71%. A segunda razão, de acordo com os entrevistados, é porque se sentem relacionados com a causa: 18% dos brasileiros e 35% dos europeus.
Fonte: Jornal O Estado de Minas
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