Uma sequência de falhas – que incluíram procedimentos incorretos por parte dos pilotos – provocou a queda do Airbus A330 do voo 447 da Air France, que ia do Rio a Paris no dia 1º de junho de 2009. É o que mostra relatório divulgado nesta sexta-feira pelo Escritório de Investigações e Análises (BEA) da Aviação Civil da França, órgão oficial encarregado das investigações do acidente. A queda matou todas as 228 pessoas a bordo da aeronave. De acordo com a BEA, o novo relatório revela as circunstâncias exatas que culminaram na tragédia.

De acordo com o documento, os pilotos não adotaram o procedimento adequado após os primeiros problemas detectados durante o voo: perda de indicadores de velocidade – devido ao congelamento das sondas Pitot – e perda de sustentação da aeronave. “Os pilotos não identificaram a situação de perda de sustentação”, apesar do alarme sonoro que se ativou durante 54 segundos, informa o relatório da BEA.

O documento revela ainda que eles não aplicaram o procedimento necessário após o congelamento dos sensores Pitot, o que provocou a perda dos indicadores de velocidade. Nesse momento, o piloto que comandava a aeronave efetuou uma manobra manual no momento, uma vez que o piloto automático foi desativado após a perda dos indicadores de velocidade. O BEA informou que os comandantes da aeronave “não receberam treinamento sobre os procedimentos adequados a serem tomados em grandes altitudes”. (Veja)

 

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