A segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento, cujo balanço foi divulgado nesta sexta-feira pelo governo, perdeu fôlego no governo Dilma Rousseff. O relatório informa que, de 1º janeiro a 27 de julho, a execução orçamentária do PAC 2 ficou em apenas 10,3 bilhões de reais, ou 37,5% do previsto para o ano (27,5 bilhões de reais). O valor é inferior aos 10,5 bilhões de reais registrados nos sete primeiros meses de 2010.
Sob a administração de Dilma, que era chamada pelo seu antecessor de “mãe do PAC”, só 1% das obras do programa foram concluídas. Outros 13% estão em fase de licitação e 30% em fase de projeto ou licenciamento. Ou seja: do total dos empreendimentos, somente 56% foram iniciados de fato. O PAC 2 foi lançado como uma das bandeiras de Dilma na corrida à Presidência, em 2010.
Para rebater a imagem de que há atraso no andamento do programa, tão propalado durante a disputa eleitoral, o governo alega que 89% das obras monitoradas estão dentro do ritmo adequado. A previsão de investimentos até 2014 é de 955 bilhões de reais. Na área de transportes, apenas 27% das obras previstas foram iniciadas. A maioria delas (69%) está na fase de planejamento. O nível de conclusão é zero. Foram iniciadas obras de construção de 431 quilômetros de rodovias. Intervenções em outros 6.500 quilômetros continuam em andamento.
Embora o PAC 2 tenha como período de vigência de 2011 a 2014, a previsão do governo é de que somente 26% das obras serão concluídas até o fim do mandado da presidente Dilma. Entre os projetos que não ficarão prontos estão a usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, o complexo petroquímico do Rio de Janeiro e a ferrovia de integração do Centro-Oeste.
Fontes: Agência Estado e Veja
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