Por Roberto Almeida:
Fernando Henrique Cardoso se destacou como sociólogo e professor, escreveu livros, virou senador, ministro e Presidente da República. “Inteligentíssimo e muito burguês”, como reconheceu um dia a saudosa deputada garanhuense Cristina Tavares. FHC fez um governo positivo, mas a vaidade, o excesso de auto-suficiência e o não saber o que é povo acredito que atrapalharam um pouco.
Depois que saiu do poder o tucano teve uma grande perda, que foi a morte da esposa, Ruth Cardoso. Hoje, com 80 anos, sem a companheira e livre das ambições políticas, o ex-dirigente do país brilha como uma luz,  em meio à escuridão de corruptos à esquerda e de cegos ideológicos à direita. Fernando Henrique levantou a voz para apoiar a presidenta Dilma em sua disposição de enfrentar a corrupção.
Muitos no PSDB o deviam seguir.
Gente séria que existe no PT, no Partido da Social Democracia Brasileira, no PSB, no PSOL e outras legendas não deviam deixar a dirigente do país ficar refém de partidos políticos infestados de adesistas, oportunistas e ladrões. FHC sabe que essa prática vem de longe e esteve presente também no seu governo. Por isso pode ajudar, neste momento, a desinfetar o Brasil. É preciso dar um basta na corrupção! E não vai ser Dilma que vai fazer isso sozinha. Todos temos de participar. Exigindo seriedade no DNIT, nos ministérios, nos governos, nas prefeituras.
É preciso estar consciente de que o erro começa quando alguém avança o sinal de trânsito, dirige alcoolizado, paga propina ou vota num cabra safado. Todos somos responsáveis, não são somente os governantes, como muita gente pensa. Gente que cobra, critica e não faz nada. E também corrompe de alguma forma ou é corrompido.
Se Fernando Henrique não pôde enquadrar os gatunos, se o Lula alisou a cabeça de alguns traquinos, não importa agora. Ainda é o momento de frear o assalto aos cofres públicos. Com a determinação de Dilma, o apoio de deputados e senadores com um mínimo de decência, o respaldo do ex-presidente FHC e a conscientização da sociedade brasileira. A torcida pela Seleção fica para 2014, vamos torcer, neste momento, pela moralização do Brasil.
 

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