Por Daniel Guedes

A crise mundial que valoriza o real e assusta os exportadores ainda não preocupa a indústria brasileira de balas e chocolates. Se o câmbio não colabora, as empresas buscam um reposicionamento do produto para mostrar ao mundo que a mercadoria nacional tem qualidade. O otimismo é tanto que a expectativa é manter até dezembro o ritmo de crescimento da primeira metade do ano, que é de quase 15% em relação ao ano passado, o que representa um 2011 na casa dos US$ 345 milhões.

Números da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) apontam que já há um crescimento de 14,3% ao se comparar o primeiro semestre de 2010, quando as exportações chegaram aos US$ 145 milhões,  com os primeiros seis meses de 2011, quando se atingiu o valor de US$ 165 milhões.

O gerente de exportação da Abicab, Rafael Prado, aponta o trabalho que tem sido feito em feiras e missões para abrir novos mercados como fórmula do crescimento que é puxada pelos mercados consumidores da América do Sul (30%), Oriente Médio (23,4%) e África (13%). “O câmbio crescendo e o real valorizado complicam, mas estamos reposicionando nosso produto, mostrando sua qualidade”, explica Prado.

Os chocolates, balas e amendoins brasileiros hoje estão em 145 mercados ao redor do mundo. Com a forte crise que atormenta Estados Unidos e Europa, o foco dos produdores brasileiros está nas Américas do Sul e Central e no Oriente Médio.

O Brasil é o terceiro maior produtor do segmento no mundo, com meio milhão de toneladas por ano. Fica atrás dos Estados Unidos, que produz anualmente 1,5 milhão de toneladas, e da Alemanha, cuja produção no mesmo período é de R$ 1,2 milhão de toneladas.

 

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