Os partidos de Oposição, PSDB, DEM, PPS e PSOL, reunidos nesta quinta-feira (11), na Liderança do PSDB no Senado, decidiram ampliar as investigações e trabalhar para instalar uma CPI mista para apurar as denúncias em vários ministérios do governo federal.
“O objetivo principal é unificar nosso discurso de que a ética é prioridade e oferecer, por meio de uma CPI ampliada, um diagnóstico fiel do que está acontecendo em várias pastas do governo”, disse o líder do PSDB, Alvaro Dias (PR).
O senador informou que a oposição vai continuar insistindo nas CPIs que estão em recolhimento de assinaturas, como a dos Transportes, BNDES e Saúde: “A postura de complacência do governo diante das denúncias de corrupção estimula a investigação. Esse é o papel do Congresso Nacional”, destacou.
Para conseguir as assinaturas necessárias, os parlamentares da oposição vão buscar partidos da base aliada insatisfeitos com o Palácio do Planalto. São necessárias 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores.
O requerimento de criação da CPI da Corrupção propõe que sejam investigados todos os órgãos em que há denúncias: os ministérios dos Transportes, Cidades, Agricultura, Reforma Agrária, Trabalho, Turismo, além do Dnit, Valec, Incra, Conab e ANP.
Além de Dias, representaram o PSDB os deputados Duarte Nogueira (SP), líder na Câmara, Paulo Abi-Ackel, líder da Minoria, e Rodrigo de Castor (MG), Secretário-Geral do partido. Participaram, pelo DEM, os senadores José Agripino Maia, Presidente, e Demóstenes Torres (GO), acompanhados pelo deputado ACM Neto (BA). Pelo PPS, seu Presidente, deputado Roberto Freire. O deputado Chico Alencar (RJ), representou o PSOL.
Nogueira avalia que a Comissão será fundamental para esclarecer os desvios de recursos, pois as medidas adotadas pela presidente Dilma Rousseff não representaram punição real aos envolvidos em fraudes. “Isso não esgota o processo de apuração, punição e ressarcimento aos cofres públicos do dinheiro desviado”, alerta.
Na avaliação do líder na Câmara, a sociedade precisa cobrar explicações. Após a reunião realizada no Senado, os líderes da oposição anunciaram ainda a criação de um site com os nomes dos parlamentares que apoiam ou não a CPI.
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