Em rápido discurso no plenário do Senado, nesta terça feira (16), o presidente nacional do Partido da República, senador Alfredo Nascimento (AM), anunciou que o partido vai entregar todos os cargos que possui no governo federal.

A legenda permanecerá independente em relação ao governo Dilma Rousseff na votação de projetos de interesse no governo federal tanto na Câmara quanto no Senado.

A decisão foi tomada após reunião a portas fechadas entre os senadores Blairo Maggi (MT), Clésio Andrade (MG), Magno Malta (ES), Vicentinho Alves (TO), Antonio Russo (MS) e o próprio Nascimento. De acordo com o senador Blairo Maggi, o partido entregará os cargos, permanecerá independente e aguardará as investigações do governo federal com relação às denúncias que derrubaram a cúpula do PR do ministério dos Transportes.

“O PR é culpado? Ainda não. Então o PR aguardará num cantinho o resultado das investigações para depois decidir se terá uma nova posição referente ao governo Dilma”, disse Blairo.

Momentos antes do anuncio de Alfredo Nascimento, o líder do PR na Câmara, deputado Lincoln Portela (MG) já havia declarado em frente ao plenário do Senado qual seria a decisão do partido. A declaração do deputado, no entanto, causou mal estar em alguns senadores por entenderem que Portela não tinha autorização para falar em noe do partido.

Segundo O UOL Notícias, com a saída do PR da base, o governo federal deixa de contar com o voto certo de 41 deputados e seis senadores. No Senado, PR é a quarta maior bancada, empatado com o PTB: os dois têm seis senadores. A maior bancada é a do PMDB, com 20 parlamentares. Saindo de um bloco de partidos governistas na Câmara dos Deputados, o PR terá a sexta maior bancada da Casa, com 42 parlamentares. À frente estão PT (86), PMDB (80), o bloco PSB, PTB e PC do B (68) e os oposicionistas PSDB (53) e DEM (43).

Fontes: Olhar Direto/Uol