A presidente Dilma Rousseff afirmou em reunião com aliados do PSB, do PCdoB e do PDT que está preocupada com os efeitos no Brasil de uma provável recessão prolongada da economia europeia e com a desvalorização do dólar. Desde segunda-feira a presidenta tem se reunido com os presidentas e líderes de partidos aliados tentando uma reaproximação com a classe política e pedindo aos aliados que se unam para ajudar o governo a enfrentar os possíveis efeitos da crise global no país. Segundo relato do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, que é presidenta licenciado do PDT e participou do encontro, Dilma acredita que a crise global deve se estender por pelo menos mais um ano e meio.

– Ela voltou a dizer que o Brasil está preparado para enfrentar a crise e o que nos atrapalha um pouco é a desvalorização do dólar – contou Lupi à agência inglesa de notícias Reuters.

O líder do PDT na Câmara, Giovanni Queiroz (PA), lembrou que a presidenta comentou também que a recessão mais prolongada da Europa “pode trazer problemas para nossas exportações e para o preço das commodities”. Ela afirmou, ainda, que precisará dos aliados para aprovar as medidas macroeconômicas enviadas ao Congresso e que é fundamental que eles estejam unidos nesse momento e, por isso, está fazendo essa aproximação com a classe política. Na avaliação do governador de Pernambuco e presidenta do PSB, Eduardo Campos, nos primeiros seis meses Dilma gastou suas energias para controlar a inflação e formatar os programas do governo e, “agora, diálogo é a palavra-chave”.

Segundo ele, o governo precisa agora dialogar “para fora, com o Congresso, com os prefeitos e com os governadores”. A falta de diálogo com a classe política é apontada por aliados na Câmara e no Senado como a principal origem dos problemas de relacionamento de Dilma com os partidos e foi também um dos fatores que motivou na terça-feira a saída do Partido da República (PR) da coalizão governista.

Fonte:   Correio do Brasil

 

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