O grupo de deputados que formam a oposição no Congresso Nacional lançaram, nesta quarta-feira (17), a campanha “CPI da Corrupção, eu apoio”, como forma de pressionar parlamentares e reunir as 171 assinaturas necessárias para se instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigue as recentes denúncias de corrupção nos ministérios publicadas pela mídia.
A lista de deputados que já assinaram favoravelmente à criação da CPI é majoritariamente composta por parlamentares do PSDB, DEM e PPS, no entanto o que chama a atenção são cinco nomes do PR e um do PCdoB apoiando a iniciativa. São eles, Ronaldo Fonseca (DF), Giroto (MS), Homero Pereira (MT), Anthony Garotinho (RJ), Liliam Sá (RJ), todos do Partido da República, além do Delegado Protógenes (PcdoB-SP) que também assinou em favor da investigação.
A faxina feita pela presidenta Dilma Rousseff na cúpula do Ministério dos Transportes, em junho e julho passados, irritou os congressistas do PR, que se rebelaram contra a presidenta, deixaram a base aliada e passaram a se declarar independentes.
Além do Ministério dos Transportes, a CPI deve apurar as atividades dos Ministério da Agricultura e do Turismo, ambos chefiados pelos peemedebistas Wagner Rossi e Pedro Novais, respectivamente. Rossi tem como padrinho político o vice-presidente Michel Temer. Novais, por sua vez, acumula uma longa relação política com o presidente do Senado, José Sarney. Dilma não trocou o comando dessas pastas, o que pode ser visto como uma tentativa de não aumentar o atrito com o maior partido da base governista. Essa é segunda tentativa de instalação de uma CPI para investigar irregularidades em ministérios.
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