O governo de Dilma Rousseff começou com a intenção de reduzir despesas, segurando restos a pagar e emendas parlamentares, e conter a inflação. Com a nova crise financeira nos Estados Unidos, a preocupação da presidenta da República se tornou pública. Segurar o aumento do subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que baliza o teto do funcionalismo, faz parte dessa estratégia.

Os magistrados da corte suprema esperam que o Projeto de Lei 7749/10, que ainda está na Câmara, seja aprovado e eleve seus vencimentos de R$ 26.723,13 para R$ 30.675,48. Caso o aumento entre em vigor, o impacto será de R$ 446 milhões por ano apenas no Judiciário da União, isso sem contar o efeito na Justiça estadual, no Ministério Público e em outras carreiras do funcionalismo Brasil afora.

Na semana passada, Dilma se mostrou preocupada com a possibilidade de aprovação da matéria. “Tudo começa no Judiciário”, afirmou a presidenta durante a reunião do Conselho Político do governo, de acordo com participantes do encontro ouvidos pelo jornal Valor Econômico. “Todos os Poderes precisam colaborar”, defendeu a petista.

 

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