Em meio a uma guerra interna, lideranças do PP (Partido Progressista) tentam colocar em prática uma operação abafa para evitar a perda do Ministério das Cidades. O estopim é a denúncia de que o ministro Mário Negroponte ofereceu R$ 30 mil a deputados para apoiarem a escolha de um líder de bancada da confiança dele. O partido teme a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o caso.
A suposta compra de apoio foi relatada em reportagem da revista Veja deste fim de semana. Segundo a publicação, deputados do PP teriam sido chamados no gabinete de Negromonte para retirar suas assinaturas do requerimento que destituiu o Nelson Meurer (PP-PR) do comando da bancada. O ministro negou o fato e cobrou apresentação de provas. Nenhum deputado apareceu para confirmar a denúncia.
A briga no PP começou com a troca de Meurer por Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) no último dia 12. A estratégia foi montada nos bastidores pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI) e pelo deputado Eduardo Da Fonte (PE). Eles se aproveitaram do descontentamento de parte da bancada com Meurer, que havia sido indicado por Negromonte e José Pizzolatti (SC) – ambos ex-líderes.
Da Fonte e Nogueira também trabalharam para evitar que José Otávio Germano (PP-RS), então primeiro vice-líder da bancada, se tornasse o líder. No começo do mês, relatório da Procuradoria Geral da República (PGR) apontou o deputado gaúcho como responsável por uma fraude de R$ 44 milhões no Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul – caso revelado pela Polícia Federal.
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