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Diante da briga de facções na bancada do PP na Câmara, emissários da presidente Dilma Rousseff mandaram um recado ao ministro das Cidades, Mário Negromonte: se ele insistir em se meter na disputa da bancada, poderá perder o cargo. E, se comprovada a denúncia de que ofereceu uma mesada de R$ 30 mil para deputados do PP, estará fora do governo. O tom do recado, de acordo com o núcleo palaciano, foi de ultimato.

Deputados do PMDB pedem saída de Pedro Novais do Existe consenso no Planalto sobre a necessidade de substituir Negromonte na primeira reforma ministerial. Mas, entre auxiliares de Dilma, já há quem defenda uma mudança imediata nas Cidades, apesar do desgaste de mais uma troca. Desde a transição, a presidente queria ter mantido no cargo o ex-ministro das Cidades Márcio Fortes. Mas teve que aceitar a indicação da bancada.

Segundo interlocutores do ministro, ele tem dito que só está no governo por causa da indicação do PP e do convite de Dilma. Mas que não será um obstáculo para a mudança na pasta. Em nota divulgada nesta segunda-feira, Negromonte negou qualquer reunião partidária dentro das dependências do Ministério das Cidades e disse desconhecer “suposta oferta de dinheiro em troca de apoio ao líder do PP”. Ele negou que tenha agido para interferir nas decisões da bancada do seu partido.

No governo, a avaliação é de que Negromonte perdeu a sustentação política da bancada. Independentemente da comprovação da denúncia da revista “Veja” sobre a oferta de uma mesada, o Planalto considera que a destituição do deputado Nelson Meurer (PP-PR) da liderança do partido e sua substituição pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) deixou o ministro numa sua situação delicada. Dos 41 deputados da bancada, 28 já estavam rebelados até esta segunda-feira.

Fonte: O Globo

 

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