O governo voltou a rever suas projeções para o desempenho da economia e agora trabalha internamente com uma previsão de crescimento de 3,7% neste ano, abaixo dos 4% previstos nesta semana pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, informa reportagem de Valdo Cruz, publicada na Folha desta sexta-feira (26).

Mesmo menor, o Palácio avalia que esse desempenho é positivo diante da crise na economia da Europa e dos Estados Unidos. Se a projeção do governo se confirmar, o Brasil crescerá menos que outros países emergentes, como China e Índia, mas num passo mais acelerado que o de países avançados, como o próprio EUA.

Na conta da presidente Dilma Rousseff também pesa a avaliação de que uma redução no crescimento do país também pode abrir caminho para que o Banco Central reduza a taxa básica de juros, uma das mais altas do mundo.

Em um sinal de que a economia do país vai bem, apesar da crise global, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s elevou ontem a perspectiva da nota soberana (“rating”) do Brasil em moeda local de estável para positiva. Revisar a perspectiva indica que, no curto prazo, a nota pode ser elevada.

Segundo o comunicado da agência, a perspectiva positiva leva em consideração fatores que garantem a estabilidade macroeconômica do país que darão continuidade ao fortalecimento da economia nos próximos anos, como a redução gradual das limitações fiscais e do risco a choques externos.

 

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