O governo poupou R$ 13,8 bilhões em julho para pagar os juros da dívida pública. O resultado – o chamado superávit primário – é recorde para o mês desde que o Banco Central (BC) começou a registrar os dados, há dez anos. No entanto, o dinheiro não foi suficiente para pagar os juros no mês. Faltaram R$ 5 bilhões. Mas foi o menor déficit nominal para o mês desde 2004.

Segundo os dados do BC, o país já economizou R$ 91,9 bilhões de janeiro até o mês passado: o correspondente a quase 80% da meta para o ano inteiro. Todos os dados se referem ao setor público em geral: governo federal, estatais, estados e municípios.

– Esse é um cenário mais confortável para as contas públicas – afirma o chefe do departamento econômico do BC, Túlio Maciel.

Nos últimos 12 meses, o superávit primário representa 3,83% do Produto Interno Bruto (PIB). É o melhor desempenho desde outubro de 2008. Também ainda não é suficiente para cobrir todos os juros que o governo precisa pagar, mas conseguiu reduzir o rombo nas contas para 1,90% do PIB. É o menor déficit nominal desde novembro de 2008.

Por causa dessa economia toda, a relação entre a dívida brasileira e o PIB caiu de 39,7% para 39,4% em junho. Esse é o principal indicador da saúde das contas públicas. É para ele que olham as agências de classificação de risco na hora de qualificar um país.

Mais cedo, a Secretaria do Tesouro Nacional divulgou que somente o governo federal (Tesouro, Banco Central e Previdência) foi responsável por uma economia para pagar juros de 2,91% do PIB até julho. No mesmo período do ano passado, o superávit primário do setor público consolidado foi de R$ 43,588 bilhões (2,12% do PIB).

Fonte:  O Globo

 

Seja o primeiro a comentar


Poste seu comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados com *