A determinação do Ministério Público (MP) em retirar os ambulantes que tem seus pontos de vendas montados nas calçadas do Centro da Cidade foi pauta de encontro realizado na tarde desta segunda-feira (29) entre a Prefeitura de Mossoró, Câmara Municipal e uma comissão que representava os ambulantes. O debate aconteceu no Salão dos Grandes Atos, do Palácio da Resistência.

Na ocasião, várias ideias foram expostas no sentido de encontrar uma saída para o problema sem que ninguém seja prejudicado, ou seja, não só vendo a questão das dificuldades na acessibilidade, questionada pelo MP e reconhecidas pela Prefeitura, mas também levando em consideração a situação das inúmeras famílias que sobrevivem do comércio popular.

De acordo com Alexandre Lopes, secretário da Secretaria do Desenvolvimento Territorial e Ambiental (SEDETEMA), a Prefeitura vem tomando todas as medidas que levam a resolução do problema. Ele acrescenta que qualquer medida resolutiva tomará como base o cadastro de todos os vendedores ambulantes que comercializam no Centro da Cidade, feito pela Sedetema.

Diante da complexidade do problema, principalmente das dificuldades de se encontrar um ponto onde possam ser instalados todos os ambulantes, ficou decidido ao final do encontro que o presidente da Câmara Municipal  de Mossoró, Silveira Júnior,  marcará uma audiência pública com a participação de representantes do Ministério Público, Prefeitura,Câmara de Dirigentes Lojistas, Associação dos Deficientes Fisicos de Mossoró e comissão dos ambulantes, com objetivo de encontrar uma solução definitiva.

Alexandre Lopes ressaltou que “não se trata de uma situação fácil de ser resolvida, visto que o local onde poderá ser alocado o grupo de ambulantes é o item, mais difícil, porém, como o MP é objetivo na sua determinação, o Município tem a preocupação de encontrar uma saída o mais rápido possível sem que os ambulantes sejam prejudicados e a situação do Centro da Cidade seja resolvida”, disse.

De acordo com a gerente do Desenvolvimento Urbanístico, Vera Cidley, “o assunto é bastante complexo, pois se de um lado existe o problema social de retirar os ambulantes do centro, mais de 300 chefes de família, por outro a permanência destes, praticamente impede o fluxo dos cadeirantes”, disse.

Ainda na reunião o chefe de gabinete, Gustavo Rosado, acrescentou que “lamentavelmente esse é um problema que atinge todas as grandes cidades do País e que a maioria das soluções encontradas não foram satisfatórias porque o gestor público simplifica a discussão e simplesmente transfere os ambulantes para um local distante do centro da cidade”,  e destacou  ainda importância da participação, além de vários secretários do município, representantes dos ambulantes e vereadores da situação e oposição. “É muito bom quando todos procuram uma solução em conjunto”, disse.

 

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