Por vários anos, a combinação “cerveja gelada e mulher quase pelada” foi intensamente explorada por publicitários como uma espécie de fórmula mágica para vender a bebida. Essa predileção, no entanto, começa a fazer parte do passado. Finalmente, cervejarias e agências de propaganda parecem ter percebido o quanto as mulheres se incomodam em ser tratadas como objeto nos comerciais. Mais que isso, elas passaram a temer a reação destas consumidoras (confira a seleção de filmes). “Nas propagandas antigas, a mulher era retratada como um prêmio para o homem que escolhia determinada marca. Agora, perceberam que a fórmula está batida”, afirma Selma Felerico, professora da Escola Superior de Propaganda e marketing (ESPM).
A mulher tem aparecido cada vez menos nas peças publicitárias na posição simplória e reducionista da “gostosona”. É crescente, por outro lado, a associação de sua imagem ao papel de consumidora e companheira – aquela que bebe cerveja e se diverte ao lado do parceiro e dos amigos. Grandes empresas do setor ouvidas pelo site de VEJA confirmam a preocupação de agradar esse público. Como as mulheres definitivamente conquistaram seu espaço na sociedade, está claro para as companhias que este mercado não pode ser mais desprezado. E algumas marcas já falam diretamente a elas.
A reportagem de VEJA selecionou propagandas de marcas como Stella Artois, Brahma, Nova Schin, entre outras (confira a seleção de filmes), que retratam a nova onda, não apenas no Brasil, mas também no exterior – sim, a tendência é mundial. A peça mais claramente ‘feminina’ é a da Stella Artois, veiculadamente atualmente na televisão brasileira. O filme compara os rituais de preparação de uma mulher que vai sair aos de servir a bebida da marca. O grande apelo é a sofisticação, visto que a Stella está posicionada por sua fabricante no segmento ‘premium’.
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