Por Dora Kramer

O mesmo delito que serviu para derrubar um governador não foi suficiente para a Câmara cassar o mandato de uma deputada. Assim como José Roberto Arruda, Jaqueline Roriz foi filmada enquanto recebia dinheiro do dublê de operador e delator de um esquema de arrecadação e pagamento de propinas a agentes públicos no Distrito Federal.

Até a quantia era a mesma: R$ 50 mil.

O fato não veio ao caso. O importante na concepção de 347 deputados – 265 votantes, 20 abstencionistas e 62 faltosos – não é o convívio com quem prevarica, mas criar um salvo-conduto para a prevaricação geral.

E não se diga que o ato buscou preservar vidas pregressas, o que em si já seria grave. No julgamento de “La Roriz” estava em jogo o preceito do crime cometido anteriormente ao mandato em curso, mas desde 2006 a Câmara não pune ninguém mesmo por delitos ocorridos no exercício da delegação popular.

 

1 comentário

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    Fernanda
    2 de setembro de 2011 16:50

    O site diganaoaerotizacaoinfantil.wordpress.comevela que aproximadamente 1.000 novos sites de pedofilia são criados todos os meses no Brasil. Destes, 12% expõem crimes contra bebês de zero a três meses de idade, com fotografias. Durval Barbosa, o delator, está há 12 dias com a prisão preventiva decretada por uma acusação de pe-do-fi-lia. Por que ainda não conseguiram prender Durval, se, pelo que é divulgado na mídia, é a própria polícia quem o protege?


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