O PT defende que políticos e ocupantes de cargos públicos sejam proibidos de ter concessões e outorgas de meios de comunicação eletrônica. O partido sugere, ainda, que sejam vedadas formas de concentração empresarial no setor que levem a abuso de poder econômico, como a propriedade cruzada – na qual o mesmo grupo opera rádio, TV, internet e jornalismo impresso na mesma região. Tais formulações constam na proposta de resolução que o presidente da legenda, Rui Falcão, apresentará ao 4.º Congresso Nacional, aberto ontem no Distrito Federal.

Articulada com apoio da corrente majoritária do partido, a Construindo um Novo Brasil, e outros grupos, a proposição deve ser aprovada, mas, diferentemente de debates anteriores, não pede o “controle público da mídia”, fórmula polêmica que no passado deu margem a acusações de defesa da censura.

As proposições para reforma no setor de comunicação são antigas no partido, mas se tornaram quase unanimidade a partir do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), que acusava os meios de comunicação de distorcer fatos para fazer oposição sistemática, sobretudo após o episódio do mensalão, em 2005.

Fonte: Robson Pires

 

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