Acostumado a autografar capas de discos, Martinho da Vila, amanhã à tarde, vai repetir a dose, porém em capas de livros, na 15ª Bienal do Livro, no Rio. O sambista lançará Fantasias, Crenças e Crendices, sua 11ª obra, que traz histórias com abordagem de temas reais sobre misticismos, crenças e amor. Sem uma classificação literária definida, Martinho acredita que seu livro deveria estrear em uma nova categoria: a de Literatura Musical.
“É um pouco difícil de classificar os meus livros. Digo que eles são de estilo diferente de tudo”, afirma o autor.
Fã de Machado de Assis e Lima Barreto, o músico revela que a paixão pela leitura começou ainda menino. Mas o primeiro livro, o infantil Vamos Brincar de Política?, só nasceu depois que recebeu a encomenda de uma editora.
E, a partir daí, os outros dez foram no embalo. “Comecei escrevendo por encomenda. Depois resolvi escrever, sem intenção literária, sobre a história da Vila Isabel. E, conforme o tempo vai passando, vai-se pegando gosto pela escrita”, explica o músico, que tem entre suas obras os estilos de ficção, antropologia, romance e biografia dedicados a adultos, adolescentes e ao público infantil.
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