A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou a Noar, cujo avião caiu há dois meses no Recife, matando 16 pessoas, a manter juridicamente uma empresa de táxi aéreo regular. A companhia tem até o dia 26 para começar o processo de certificação operacional, que lhe dará o direito de voar durante um ano.
Em julho, depois do acidente, a Anac mandou suspender todas as operações da Noar por suspeita de irregularidade no processo de manutenção da aeronave que caiu e por constatar que os registros de voo eram feitos em um diário de bordo “fantasma”, que escondia os problemas do avião.
No dia 12 de agosto, a agência divulgou o resultado parcial da auditoria feita na empresa e identificou “indícios de não conformidade nas áreas de operações e de manutenção”, descumprimento de “requisitos relativos aos registros de manutenção” e do “limite de horas mensal e trimestral dos tripulantes”.
Quinze dias depois, publicou no Diário Oficial da União a autorização jurídica para a Noar Service Táxi Aéreo, um braço do grupo que tem as empresas Noar Linhas Aéreas e Noar Aviação.
Segundo a Anac, o funcionamento operacional da empresa ainda depende de uma “avaliação muito extensa na agência para receber qualquer tipo de autorização operacional (funcionamento na prática)”.
A Noar afirma que a empresa de táxi aéreo já existe e atualmente presta serviço de aluguel de hangar no Recife. Aguarda apenas a certificação da Anac para começar a voar.
INVESTIGAÇÕES
As causas da queda do avião LET-410 em 13 de julho na Praia de Boa Viagem, no Recife, ainda estão em fase investigação pelo Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes (Cenipa).
Mesmo com a liberação, Mossoró deverá ficar sem voos devido as adequações que precisam serem feitas no aeroporto em virtude do fechamento pela INFRAERO.
Fonte: Jornal do Commércio
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