José Roberto De Toledo
Mesmo com falhas, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é o espelho do ensino no Brasil. Mais do que indicar onde matricular os filhos, o exame mede o desempenho de cada uma das escolas em comparação ao conjunto do País. Dá samba, mas não cabe em uma nota só. É preciso desagregar os números e identificar onde o problema é mais grave, quais são os bons exemplos e se é possível replicá-los para melhorar as escolas que ficaram para trás.
A média brasileira melhorou, mas continua baixa. Os 548 pontos, convertidos para uma escala de 0 a 10, equivalem a meio aponto acima do mínimo para aprovação. Como toda média, ela omite muitas desigualdades. Sem conhecê-las, é impossível ter um plano eficiente para reduzi-las, diminuir a distância das piores para as melhores e aumentar a própria média.
A nota média das escolas privadas brasileiras do ensino médio é 15% mais alta do que a das públicas: 608 a 527. Considerando-se o preço das mensalidades das particulares, a diferença de 81 pontos não é tão grande. Se a nota máxima fosse 10, a distância seria inferior a 1 ponto.
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