Sucinto, mas suficiente. O Brasil venceu a Argentina por 2 a 0 ontem à noite, no Estádio Mangueirão, em Belém do Pará e faturou título simbólico – o primeiro da era Mano Menezes – no Superclássico das Américas frente ao maior rival no futebol mundial.
Mesmo ainda relativamente distante de parecer convicente, o time brasileiro apresentou melhoras técnicas e táticas significativas no sistema 4-3-3. Melhor para Mano, que ganhou sobrevida providencial no cargo.
As jogadas individuais de Neymar e Lucas e os lançamentos em profundidade para Borges já esboçavam a fórmula ofensiva do time brasileiro desde os primeiros instantes. Mais comedidos, os visitantes insistiam em bolas alçadas pela direita para aproveitar os lançamentos.
E quem chegou com perigo primeiro foram os anfitriões. Aos 14 minutos, Neymar aproveitou bate-rebate na entrada da área e mandou a bomba. O goleiro Orión espalmou para fora.
Exceção a duas cobranças de falta de Ronaldinho Gaúcho para fora, os ataque se tornaram mais raros na primeira etapa. Prevaleciam as disputas intensas pelas ações de meio-campo e a busca por espaços para fugir das marcações.
Um outro lampejo de ação veio apenas aos 38. Após contragolpe, Borges cruzou rasteiro, Neymar conclui praticamente dentro do gol, mas o zagueiro argentino conseguiu desviar a bola para fora.
Na segunda etapa, o desenho tático brasileiro seguiu morno nos primeiros minutos. Mesmo com volume de jogo e posse de bola visivelmente maiores, a equipe quase foi surpreendida aos sete. Fernández recebeu bom passe pela direita e chutou forte. Jefferson tirou no susto.
Na jogada seguinte, porém, o Brasil chegou ao gol.Da intermediária, Borges tabelou rapidamente com Danilo, enganou toda zaga portenha e acionou Lucas, que avançou em velocidade e bateu rasteiro para inaugurar o marcador em Belém: 1 a 0.
O gol inflamou a massa de torcedores e as equipes, que finalmente se lançaram ao ataque de forma mais incisiva.
Acuados demais, os hermanos aos poucos foram engolidos pela velocidade brasileira. Aos 30, Neymar aproveitou cruzamento de Souza e mandou para o gol. A bola ainda desviou no zagueiro adversário antes de entrar. Com a fatura praticamente liquidada, o time brasileiro se apegou aos contragolpes e esperou o tempo passar para levantar a taça.
Fonte:Diário do Grande ABC
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