Diversas lideranças políticas manifestaram apoio à aprovação do relatório da reforma política elaborado pelo deputado Henrique Fontana (PT-RS), que deverá ser votado nesta quarta-feira pela comissão especial que trata do assunto. Mesmo sendo alvo de divergências, o objetivo é manter a proposta em tramitação até que ela chegue ao Plenário da Câmara, em meados de novembro, conforme previsão do relator.
Durante ato em defesa da reforma política, realizado nesta terça-feira na Câmara, representantes de diversos partidos e dos movimentos sociais manifestaram especial apoio ao financiamento público exclusivo das campanhas, que é o principal eixo do relatório. Também defenderam as listas fechadas preordenadas, que fortaleceriam os partidos políticos; e a paridade entre os gêneros na composição dessas listas.
O evento foi enfraquecido politicamente pelas ausências do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos governadores Sérgio Cabral (RJ), Eduardo Campos (PE) e Tarso Genro (RS), que eram esperados. Apesar das ausências, Fontana se disse satisfeito com o evento e viu enfraquecidas “as vozes contrárias à reforma”.
Para o deputado, entre 8 e 10 partidos estão “sinceramente” envolvidos com a aprovação de “uma proposta intermediária” de reforma política. Ele disse que seu projeto não é a síntese de suas convicções políticas, mas representa o “ponto médio que reúne a maioria dos setores progressistas”.
O foco do relator durante as negociações políticas é ampliar o apoio ao financiamento público de campanha. Segundo Fontana, nas três últimas eleições o custo quintuplicou e está inviabilizando a renovação da política e a entrada de setores mais “desfavorecidos” na política. “As campanhas viraram uma verdadeira corrida do ouro, em que as ideias e as opiniões valem menos, e a capacidade de arrecadar vale mais.”
Fonte: Agência Câmara
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