Das 7.486 unidades operacionais dos Correios em todo o País, 430 descumpriram nesta sexta-feira a liminar do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que determina ao menos 40% dos empregados em atividade durante a greve. Com isso, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) terá que pagar multa de R$ 50 mil, referente ao dia de hoje.

Segundo os Correios, São Paulo foi o Estado com maior número de unidades que descumpriram a liminar: 136 não mantiveram o mínimo de trabalhadores em atividade. Na decisão, proferida ontem, o presidente do TST, João Oreste Dalazen, determinou o contingente mínimo que deve atender os serviços inadiáveis da comunidade. Entre as unidades operacionais, estão agências, centros de distribuição e terminais de cargas.

Mais cedo hoje, representantes dos Correios e dos funcionários, que estão em greve há 24 dias, não conseguiram chegar a um acordo na última audiência de conciliação no TS) entre as partes na tentativa de por fim à paralisação da categoria. O julgamento de dissídio coletivo está marcado para a próxima terça-feira. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) espera que o TST julgue a greve abusiva.

O principal ponto de discórdia são os dias parados. A Federação Nacional dos Empregados em Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) não quer que haja desconto no salário e que os dias em greve sejam compensados com trabalho extraordinário até que o fluxo postal se normalize. Segundo José Rivaldo da Silva, secretário-geral da Fentect, foi pela recusa da ECT em não descontar os dias que o acordo anterior, firmado na última terça-feira entre o comando de greve e os Correios, foi rejeitado em assembleia pelos 35 sindicatos.

A sugestão do presidente do TST foi a devolução imediata do valor correspondente aos seis dias já descontados, com o parcelamento em 12 vezes a partir do ano que vem e compensação dos demais dias parados em sábados, domingos e feriados, além do pagamento imediato de um abono de R$ 800 e ganho real linear de R$ 60 a partir de janeiro de 2012. A proposta não foi aceita pelos grevistas.

Fonte: Portal Terra 

 

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