Tá na Agência Estado
A presidente da República, Dilma Rousseff, disse hoje, em Curitiba, ao anunciar investimento de R$ 1 bilhão, a fundo perdido, para a construção do primeiro trecho do metrô, que isso só é possível porque o País conseguiu libertar-se da “supervisão” do Fundo Monetário Internacional (FMI). “Nós sabemos o que é a supervisão do Fundo, sabemos o que é proibir que um país faça investimentos”, afirmou a uma plateia de cerca de 500 pessoas previamente cadastradas para participar do ato no salão nobre do Parque Barigui.
Segundo ela, quando o Brasil ainda estava sob a “gerência” do FMI, havia, no caso do saneamento, apenas R$ 500 milhões para investir em todo o Brasil. “Isso é o que investimos em uma cidade hoje”, acentuou. “Investir do orçamento 1 bilhão no metrô seria inimaginável.” Ela fez um apelo para que o País continue “macroeconomicamente muito sério, muito prudente e dando os passos que a gente pode dar com as nossas pernas”. “Olhando a inflação com um olho e o crescimento com o outro”, alertou.
Dilma registrou que amanhã assina, em Porto Alegre, o Pacto do Brasil sem Miséria, com objetivo de tirar mais 16 milhões de brasileiros da pobreza extrema. Ela disse ter participado do “imenso esforço” feito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de criar o Brasil com “sustentação muito forte no mercado interno”. Segundo ela, além disso, o Brasil tem bancos fortes, política fiscal consolidada e reservas internacionais. “Nós temos condições de resistir a esse momento que foi muito grave e tem sido sistematicamente grave porque parece que não há uma convicção política uniforme entre os diferentes líderes sobre como lidar com essa crise internacional”, criticou.
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