O líder do Democratas na Câmara dos Deputados, ACM Neto, pediu neste sábado a demissão e a investigação do ministro do Esporte, Orlando Silva. Segundo denúncias publicadas pela revista Veja neste sábado, diversos membros do PCdoB, inclusive o ministro, faziam parte de um esquema de irregularidades envolvendo convênios entre o ministério e ONGs que teria desviado mais de R$ 40 milhões em oito anos.

Intitulada “Orlando Silva não tem condições de continuar”, a nota oficial do partido acusa o PCdoB de transformar “o Ministério do Esporte em um espaço para arrecadar e fazer caixa dois de campanha”, e atribui o comando dos supostos desvios ao próprio ministro.

“A demissão de Orlando Silva não é o bastante. Polícia Federal, PGR e TCU precisam investigar a fundo esse esquema no Ministério dos Esportes”, disse o texto. O partido afirmou que, “na Câmara dos Deputados, vai fazer a sua parte para que tudo seja esclarecido”.

Denúncias
Segundo denúncias da revista, diversos membros do PCdoB, capitaneados pelo ministro, faziam parte do esquema de irregularidades envolvendo convênios com ONGs. A presidência do partido disse que ainda está lendo as denúncias e que não tem uma resposta oficial. Fontes no governo afirmam que a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 elevaram a importância da pasta.

Investigações passadas apontavam diversos membros do PCdoB como protagonistas das irregularidades, mas é a primeira vez que o nome do ministro é mencionado por um dos suspeitos, o policial militar João Dias Ferreira, como mentor e beneficiário. O esquema pode ter desviado mais de R$ 40 milhões em oito anos.

De acordo com Ferreira, as ONGs recebiam verbas mediante o pagamento de uma taxa que podia chegar a 20% do valor dos convênios. Orlando Silva teria recebido, pessoalmente, dentro da garagem do Ministério, uma caixa de papelão cheia de cédulas de R$ 50 e R$ 100 provenientes da quadrilha. Parte desse dinheiro, acusa a Veja, foi usada para pagar despesas da campanha presidencial de 2006.

Fonte: Terra

 

Seja o primeiro a comentar


Poste seu comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados com *