Os 483 mil bancários de todo o país decidem nesta segunda (17), em assembleias marcadas para as 18h, se acabam com a greve, que completa 21 dias – a mais longa da categoria desde 2004, quando a paralisação durou 30 dias.

Na última sexta-feira (14), os representantes dos trabalhadores e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) chegaram a um acordo para encerrar o movimento. A proposta prevê reajuste salarial de 9%, que inclui a inflação dos últimos 12 meses até setembro último mais 1,5% de aumento real, além de outras melhorias financeiras.

Na reunião de sexta, também foi proposta a valorização do piso com correção de 12%. Com isso, ele passará para R$ 1.400 (aumento real de 4,3%). Ficou acertado ainda uma elevação do percentual para o cálculo da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Por meio de nota, o presidente do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro, também defendeu o fim da greve. “As novas propostas são resultado de um intenso processo de mobilização e negociação, que é o caminho que sempre defendemos, sem interferência de atores externos, para que os trabalhadores possam consolidar e avançara nas suas conquistas.”

No comunicado, a Contraf-CUT informou ainda que foram obtidas outras conquistas, como a proibição de que seja divulgado rankings individuais dos funcionários, o que permite coibir a cobrança das metas abusivas. Os dias parados deverão ser compensados com a extensão de duas horas nas jornadas até o próximo dia 15 de dezembro.

 

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