Deu na Agência Brasil

O Brasil perdeu seis posições em um ranking sobre a facilidade de fazer negócios em 183 países, divulgado anualmente pelo Banco Mundial. O relatório Doing Business 2012 (Fazendo Negócios 2012), lançado ontem (19) em Washington, mostra que o Brasil caiu do 120º para o 126º lugar na lista que analisa os regulamentos que afetam as empresas nacionais nesses países.

O novo estudo engloba o período de junho de 2010 a maio de 2011 e aborda todo o ciclo de vida das empresas, desde a sua constituição até a resolução do processo de insolvência. As avaliações levam em conta dez indicadores específicos e se concentram especialmente no ambiente para pequenas e médias empresas.

Apesar da queda no ranking geral, o Banco Mundial destaca a melhora na área de obtenção de crédito no Brasil, na qual o país ocupa a 98ª posição. “O Brasil melhorou o sistema de informação de crédito, permitindo que agências privadas possam coletar e compartilhar informações positivas”, diz o relatório.

Na relação, pela ordem apresentada no relatório, estão Cingapura, Hong Kong, a Nova Zelândia, os Estados Unidos, a Dinamarca, Noruega, o Reino Unido, a Coreia do Sul, Islândia e Irlanda. A coordenadora da equipe que elaborou o estudo, Sylvia Solf, disse que é possível observar avanços no Brasil nos últimos seis anos. “O Brasil está na direção correta, É uma questão de tempo.”

Solf citou o indicador sobre obtenção de eletricidade – incluído este ano nas dez áreas específicas analisadas no relatório –, no qual o Brasil tem desempenho destacado, ocupando a 51ª posição. Nos rankings por área específica, a segunda melhor colocação do Brasil é relativa à proteção a investidores, com a 79ª posição.

O pior desempenho brasileiro é relativo ao pagamento de impostos, área na qual o país aparece em 150º lugar. Pela classificação do Brics (bloco que reúne o Brasil, a Rússia, China e África do Sul), a África do Sul aparece em 35º, a China em 91º , a Rússia em 120º, o Brasil em 126º e a Índia em 132º.

O Brasil também fica atrás de várias economias latino-americanas. O melhor colocado entre os países da região é o Chile, que ocupa a 39ª posição e é citado, ao lado do Peru (41º), da Colômbia (42º) e do México (53º), como destaque na implementação de melhorias regulamentares.

 

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