Economistas apontam que duas questões importantes deverão ser consideradas pelo governo caso decida alterar a remuneração da caderneta de poupança com base em 80% da Selic, mantendo a Taxa Referencial, a TR.  Uma delas é a definição do tamanho do redutor da Selic, que pode tornar a poupança mais atrativa que fundos de investimento.

Outra questão é separar os recursos das novas cadernetas de poupança para o funding do setor de habitação, pois hoje a Caixa capta a 6% mais TR, enquanto empresta os recursos entre uma faixa que vai de 8% a 11,5%, mais TR. O governo pretende encaminhar ao Congresso Nacional, no primeiro trimestre de 2012, um projeto de lei com as novas regras para o rendimento da caderneta de poupança, informa o jornal Valor Econômico em sua edição de hoje, mencionando uma “fonte graduada” do governo.

A proposta mais factível é a substituição dos juros fixos de 0,5% ao mês (6,16% ao ano) por um redutor de 20% da Selic mais a Taxa Referencial (TR), que não será extinta. Em 2009, o governo chegou a discutir alterações nas normas de indexação da caderneta, que, naquele momento, com a taxa Selic em queda, ameaçava retirar a atratividade dos fundos de investimentos.

 

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