O deputado federal do PC do B de São Paulo Aldo Rebelo acaba de anunciar que aceitou o convite para assumir a pasta dos Esportes, no govermo Dilma. Ele disse que iria conversar com a equipe, cuidar da transição, antes de fazer qualquer pronunciamento sobre os destinos da área. Com a decisão, a pasta continua nas mãos do PCdoB.
O ministério ganhou importância no governo por conta dos investimentos que envolvem os preparativos da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016.
No caso da indicação de Aldo, fatores políticos devem ter ajudado o seu nome. Primeiro, o ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo (SP) fica fora da quebra de barço pelo cargo. Depois, com sua ida para a Esplanada dos Ministério, o PT abre espaço para a volta do deputado federal José Genoino voltar a Câmara dos Deputados. Genoino é aquele cearense que teve um assessor preso com dinheiro na cueca, em São Paulo.
No governo Dilma, Rebelo, que já foi ministro do ex-presidente Lula, chegou a ser cotado para assumir o Ministério da Defesa, no lugar de Nelson Jobim, mas o cargo ficou com o petista Celso Amorim. Ele está em seu quinto mandato na Câmara.
Este ano, o deputado foi o relator do Código Florestal, uma das propostas mais polêmicas do ano. E foi criticado por apresentar um texto que anistiava desmatadores.
A exoneração do ministro do Esporte, Orlando Silva, ocorreu nesta quarta-feira, depois de uma semana de exposição pública, depois que a revista Veja apresentou uma série de denúncias de irregulaidades na pasta, com base na versão de um militante do PC do B, o policial militar João Dias. O partido chegou até a ir a TV dizer que era vítima de mentiras, mas não colou
O que mais pesou na queda de Orlando Silva foi o fato de o Supremo Tribunal Federal (STF) abrir inquérito para apurar denúncias de desvio de dinheiro público do programa Segundo Tempo, voltado à promoção do esporte em comunidades carentes.
O cargo estava sendo ocupado interinamente pelo secretário executivo do ministério, Waldemar Manoel Silva de Souza, também envolvido em suspeitas de irregularidades.
Cinico, o decreto diz que a exoneração foi “a pedido”. Em mais um ato ridículo, do pontode vista da ética pública, Orlando Silva disse que a saída foi uma medida para “salvar sua honra”.
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