Isso mesmo hoje é o Dia das Bruxas, não tão popular assim aqui no Brasil mas, mesmo assim, um bom motivo de colocar uns enfeites em suas lojas e escolas dessa maneira tentar fugir da rotina. Lembrem-se, tudo tende ao tédio. Espero que as bruxinhas ao menos cortem o tal tédio hoje. Daqui pra de noite, quem sabe, eu coloque umas abóboras. Mas vamos ao que interessa, já parou pra se perguntar por que o dia das bruxas existe? Confesso que é bem interessante mesmo e compartilharei minha pesquisa na internet com vocês aqui embaixo. Feliz dia das bruxas! =)
A origem do halloween (ou dia das Bruxas como é conhecido aqui no Brasil e países de língua portuguesa) remonta às tradições dos povos que habitaram a atual ilha da Irlanda, Gália e as ilhas britânicas entre os anos 600 a.C. e 800 d.C., embora com marcadas diferenças em relação às atuais abóboras ou da famosa frase tricks or treats – “travessuras ou gostosuras”, exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração.
Originalmente, o halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de Outubro e 2 de Novembro e marcava o fim do verão (samhain significa literalmente “fim do verão” na língua celta).
O fim do verão era considerado como ano novo para os celtas. Era pois uma data sagrada uma vez que, durante este período, os celtas consideravam que o “véu” entre o mundo material e o mundo dos mortos (ancestrais) e dos deuses (mundo divino) ficava mais tênue. O Samhain era comemorado por volta do dia 1 de Novembro, com alegria e homenagens aos que já partiram e aos deuses. Para os celtas, os deuses também eram seus ancestrais, os primeiros de toda árvore genealógica.
Uma vez que entre o pôr-do-sol do dia 31 de Outubro e 1 de Novembro, ocorria a noite sagrada (hallow evening, em inglês) acredita-se que assim se deu origem ao nome atual da festa: Hallow Evening -> Hallowe’en -> Halloween. Rapidamente se conclui que o termo “Dia das Bruxas” não é utilizado pelos povos de língua inglesa, sendo esta uma designação apenas dos povos de língua oficial portuguesa.
A relação da comemoração desta data com as bruxas propriamente ditas, terá começado na Idade Média no seguimento das perseguições incitadas por líderes políticos e religiosos, sendo conduzidos julgamentos pela Inquisição, com o intuito de condenar os homens ou mulheres que fossem considerados curandeiros e/ou pagãos. Todos os que fossem alvo de tal suspeita eram designados por bruxos ou bruxas, com elevado sentido negativo e pejorativo, devendo ser julgados pelo tribunal do Santo Ofício e, na maioria das vezes, queimados na fogueira nos designados autos-de-fé.
Essa designação se perpetuou e a comemoração do halloween, levada até aos Estados Unidos pelos imigrantes irlandeses (povo de etnia e cultura celta) no Século XIX, ficou assim conhecida como “dia das Bruxas”.
Com a conversão ao cristianismo dos povos europeus, se foi estabelecendo a partir dos Séculos IV e V o calendário litúrgico católico, surgindo as celebrações do dia dos finados, misturando assim as referências às entidades pagãs, em uma tentativa de puxar a popularidade da sua mitologia em favor da presença dos santos católicos.
Atualmente, além das práticas de pedir doces e vestir fantasias que se popularizaram inclusive no Brasil, podemos encontrar pessoas que celebram à moda celta, como os praticantes do druidismo (o druida era o sacerdote dos celtas) ou da wicca (considerada como uma forma de bruxaria moderna).
Um ritual habitual na noite de 31 de Outubro é o de acender uma vela numa das janelas de casa, em homenagem aos seus ancestrais. Muitos grupos se reúnem e meditam em volta de fogueiras para honrar seus mortos e seus deuses, com oferendas como frutas e flores, e terminam a festa compartilhando comida e bebida, música e dança. Uma boa bebida para essa época é o leite quente com mel, servido com pedaços de maçã e polvilhado com canela. Pode-se acrescentar o chocolate, que na época dos celtas não existia, mas que hoje é muito bem-vindo!
Fonte: PORTAL CAB.com
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