O mundo deve alcançar, na próxima segunda-feira (31), a marca de 7 bilhões de pessoas, segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU). Para a organização, o número representa conquistas e desafios e, principalmente, afetará as regiões mais pobres.
O diretor-executivo do Fundo de População das Nações Unidas, Babatunde Osotimehin, apresentou na última semana o documento “Estado da População Mundial 2011″, onde apresenta projeções da organização. “O marco dos 7 bilhões de pessoas no fim de outubro representa um desafio, uma oportunidade e um chamado à ação”, disse Osotimehin.
Conforme mostrou reportagem de ÉPOCA publicada em junho, a marca de 7 bilhões inspira uma reação ambígua. São 7 bilhões com potencial criativo, capazes de produzir riqueza e progresso. Mas exigirão mais recursos de um planeta que chegou ao limite. O desafio para as próximas décadas é desenvolver novas formas de produção e criar novos padrões de consumo, para garantir que a humanidade caiba na Terra com conforto.
Segundo o relatório da ONU, que analiou a tendência de nove países, entre eles as superpopulosas Índia e China, apesar dos avanços no combate a pobreza, a desigualdade social continua crescendo, assim como as disparidades entre os países e dentro de um mesmo Estado. As desigualdades quanto aos direitos e oportunidades de homens e mulheres é outro dos pontos sublinhados no relatório, que ressalta a importância de traçar um caminho de desenvolvimento para promover a igualdade.
Para 2050, a ONU prevê uma população mundial de 9,3 bilhões de pessoas e para o final do século mais de 10 bilhões.
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