O partido Democratas (DEM) deverá apresentar, na próxima semana, pedido de impeachment contra o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). Sua fundamentação está em recentes denúncias de desvios em convênios mantidos pelo Ministério do Esporte, dirigidas não apenas ao ex-ministro Orlando Silva, mas também à gestão de Agnelo na pasta. A informação foi dada pelo líder do partido no Senado, Demóstenes Torres (GO), em pronunciamento nesta sexta-feira (4).

– O Democratas não vai ficar parado. Se pedimos a derrocada do único governador eleito pelo PFL em 2006 (José Roberto Arruda), não seremos lenientes com a continuidade das barbáries no Distrito Federal – afirmou o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) em Plenário, nesta sexta-feira (4).

Na ocasião, Demóstenes citou reportagem da revista Isto É, que aponta a Federação Brasileira de Kung-Fu (Febrak), administrada pelo ex-policial militar João Dias, como “a ONG pioneira nos trambiques, ainda em 2005 (Agnelo estava no ministério)”. João Dias foi autor da denúncia à revista Veja sobre irregularidades em convênios do programa Segundo Tempo, que culminou com a saída de Orlando Silva.

Demóstenes comentou que o próprio Agnelo já teria admitido cultivar uma “relação muito boa” com João Dias. Embora o atual governador do Distrito Federal classifique as acusações como “falsas, irresponsáveis e criminosas”, o senador por Goiás acredita que o fórum ideal para esclarecer sua veracidade é uma comissão parlamentar de inquérito (CPI).

O obstáculo à abertura de uma investigação desse tipo, segundo argumentou, é o fato de Agnelo contar com o apoio de 22 dos 24 deputados distritais. Se a Câmara Legislativa do Distrito Federal não agir nessa direção, Demóstenes acredita que só resta a missão ser assumida pelo Ministério Público ou pelo Poder Judiciário.

 

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