Gilberto Dimenstein
Luana Piovani conseguiu virar nesta semana notícia nacional duas vezes (e com muito destaque) por causa de seus comentários na internet.
Primeiro, sugeriu que Lula fosse tratar seu câncer no SUS; depois, revelou ao Brasil que o padre Antonio Vieira mora em “Sampa”. As duas afirmações têm algo em comum: o besteirol.
Luana simboliza como a internet, tão democrática, é um microfone aberto ao besteirol. É a regra do jogo da democracia digital.
O caso do besteirol contra Lula –o pedido para ele se tratar no SUS– ganhou milhares de adeptos na internet, entre os quais Luana Piovani (uma excelente atriz, diga-se).
Imaginava que tivesse feito uma brilhante sacada política. Mas era apenas uma piada de mau gosto. E teve gente que levou a sério.
Muita gente sensata, a começar da oposição (Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso, por exemplo) sem medo das reações dos e-leitores, preferiu seguir o caminho educativo e atacar o besteirol.
Nesse choque, acabou vencendo o bom senso. No final, apesar de a internet ser um canal para o ressentimento, ódios, preconceito e ignorância, temos uma sociedade mais crítica, informada e educada.
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