Do G1/ Acessemed

Estudo foi feito com cerca de mil pacientes com um problema genético.Risco de desenvolver a doença cai pela metade.

Um dos remédios mais populares do mundo acaba de ganhar mais uma utilidade. Uma pesquisa britânica publicada nesta sexta-feira (28) diz que o ácido acetilsalicílico (AAS), mais conhecido pelo nome comercial aspirina, ajuda na prevenção dos cânceres hereditários.

O estudo foi feito com cerca de mil pacientes com a síndrome de Lynch, um problema que afeta os genes que detectam e consertam as falhas no DNA. Em cerca de 50% dos casos, a consequência desse defeito é o câncer. Os tipos mais comuns são o colorretal e o de útero.

Os pacientes foram divididos em dois grupos – um que tomou e outro que não tomou o AAS regularmente – e acompanhados por cerca de dez anos. Entre os que não usaram o medicamento, quase 30% desenvolveram câncer; no grupo dos que tomaram, apenas 15% tiveram a doença.

Contudo, o número de pólipos – estruturas consideradas precursoras dos tumores – foi igual nos dois grupos. Segundo os pesquisadores, isso sugere que o AAS cause a destruição das células antes que elas se tornem cancerosas.
“É um grande avanço em termos de prevenção do câncer. Para quem tem histórico de cânceres hereditários na família, como o colorretal e o de útero, essa notícia será bem-vinda”, acredita Patrick Morrison, da Queen’s University, em Belfast, que coordenou a pesquisa na Irlanda do Norte.

Mas ele alerta: “Para quem está considerando tomar aspirina, eu recomendo conversar com o médico antes, pois se sabe que a aspirina traz vários riscos para o estômago, incluindo úlceras”.
A pesquisa foi publicada na edição online da revista médica Lancet.

 

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