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No dia mundial da doença, saiba como preveni-la ou controlá-la

No Brasil, são diagnosticados cerca de 500 casos de diabetes por dia. E o número de pessoas com a doença fica entre ez e 13 milhões. No Dia Mundial do Diabetes, selecionamos sete recomendações dadas pelos especialistas a quem tem ou quer evitar a doença. Exercício físico e dieta equilibrada, conselhos hors concours, não foram incluídos na lista.

PRÉ-DIABETES — Quem tem altos níveis de açúcar no sangue tem mais chance de desenvolver a diabetes do tipo 2, explica Ana Cristina Belsito, endocrinologista do Hospital São Vicente de Paulo, no Rio. Em muitos casos, a diabetes é assintomática, mas há pacientes que relatam sintomas típicos do diabetes, como sede excessiva, necessidade de urinar muitas vezes e em grande quantidade, visão borrada ou cansaço acentuado. Para evitar desenvolver a doença, só há uma saída: mudança no estilo de vida.

COMER PEIXE — Uma pesquisa da Universidade de Valencia, na Espanha, que analisou a dieta 945 pessoas e cujo resultado foi publicado este mês na revista “Nutriciob Hospitalaria”, teve por objetivo identificar o padrão alimentar de pessoas com alto risco cardiovascular, mas acabou também reforçando o que já se sabe: comer peixe reduz os níveis de açúcar no sangue, porque o aumento de ômega 3 nas células melhora a sensibilidade à insulina.

ATENÇÃO AOS PÉS — Dores nas pernas, principalmente ao fazer exercícios; feridas que não curam; pés inchados, azulados e ressecados; dormência nos pés e insensibilidade são relativamente comuns em diabéticos. Portanto, quem experimenta algum destes problemas deve procurar um médico. Os pacientes que já têm o diagnóstico da doença, explica Jackson Caiafa, diretor da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e presidente-executivo da Associação Carioca de Diabetes, devem tomar os seguintes cuidados: examinar os pés diariamente; evitar colocá-los de molho, para que não rachem ou ressequem; não andar descalço, mesmo em casa; não tentar remover calos ou verrugas sem ajuda especializada (leia-se um médico, e não manicure); e usar diariamente hidratante, retirando o excesso e não usando creme entre os dedos.

OLHOS — A retinopatia diabética é uma das doenças da visão mais comuns, e, segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, a principal causa de cegueira em pessoas acima de 60 anos. Para evitá-la, o órgão aconselha que quem tem diabetes consulte um oftalmologista ou retinólogo uma vez por ano.

GENGIVAS — A doença periodontal manifesta-se de forma mais precoce destrutiva em pacientes diabéticos, o que inicia um ciclo vicioso: como qualquer outro tipo de inflamação ou infecção, o problema pode comprometer o quadro metabólico do paciente diabético. Ir ao dentista regularmente é importante.

PROBLEMAS CARDIOVASCULARES — A normalização dos níveis de glicemia podem reduzir o risco de infartos em até 50%, e torna-se ainda eficaz se forem controlados outros fatores de risco, como níveis de colesterol, hipertensão e tabagismo.

INFERTILIDADE — Especialista em medicina reprodutiva, João Ricardo Auler explica que, além da predisposição para produzir gametas geneticamente defeituosos, os diabéticos costumam apresentar redução significativa no volume de sêmen. As mulheres também podem ter problemas para engravidar ou sofrer hemorragias ou abortos espontâneos, porque doenças crônicas têm impacto na produção hormonal. Mais uma vez, o importante é controlar a taxa de açúcar no sangue.

 

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