Se a candidatura da ex-governadora Vilma de Faria (PSB) a prefeita de Natal nas eleições do próximo ano já era dúvida por causa dos antigos escândalos de corrupção envolvendo seu governo, a situação passou ainda a ser mais delicada com a Operação Sinal Fechado.
Os escândalos até então não envolviam diretamente a ex-governadora, apesar de citarem seu filho, Lauro Maia, e seu irmão, Carlos Faria. Dessa vez, a sujeira chegou diretamente na ex-governadora, que deve explicações à sociedade.
Assim como ocorreu com Arruda, em Brasília, Yeda Crusius, no Rio Grande do Sul e Fernando Freire no Rio Grande do Norte, os escândalos de corrupção podem tirar mais dois ex-governadores da política: Vilma de Faria e Iberê Ferreira.
Cabe a Wilma e Iberê o direito de defesa. Mas, perante a opinião pública, que já havia rejeitado a Inspeção Veicular desde a época em que iria ser implantada, as respectivas imagens de ambos focarão manchadas por muito tempo, influenciando nos projetos políticos futuros.
As investigações do MPE ressaltam que o ex-governador Iberê de Souza teria recebido uma propina de R$ 1 milhão de George Olímpio, assim como teria recebido garantias de que participaria de cotas de lucro da Inspar/RN com as inspeções veiculares.
O ex-governador também teria tido influência direta na contratação emergencial fraudulenta da Planet Business, bem como do Consórcio presidido por George.
Segundo o promotor de Defesa do Patrimônio Público Eudo Leite, Iberê de Souza recebia 15% dos lucros do Consórcio, assim como a ex-governadora Vilma de Faria.
O assessor parlamentar Lauro Maia, filho da ex-governadora, teria também recebido R$ 10 mil mensais, bem como participação nos lucros do Consórcio. Esse teria contribuído decisivamente para a celebração do convênio com a IRTDPJ/RN, bem como teria intermediado os interesses da quadrilha junto à mãe.
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